sábado, 16 de agosto de 2008

Saudade

O texto a baixo é do Miguel Falabella. Vou dar um ctrl+v depois vou comentar...

Entitula-se

Saudade

“Em alguma outra vida, devemos ter feito algo de muito grave para sentirmos tanta saudade”.
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade. Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que morreu, do amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade.
Saudade da gente mesmo, que o tempo não perdoa. Doem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida.
Você podia ficar na sala e ela no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o dentista e ela para a faculdade, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-la, ela o dia sem vê-lo, mas sabiam-se amanhã. Contudo, quando o amor de um acaba, ou torna-se menor, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é basicamente não saber. Não saber mais se ela continua fungando num ambiente mais frio. Não saber se ele continua sem fazer a barba por causa daquela alergia. Não saber se ela ainda usa aquela saia. Não saber se ele foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ela tem comido bem por causa daquela mania de estar sempre ocupada, se ele tem assistido as aulas de inglês, se aprendeu a entrar na Internet e encontrar a página do Diário Oficial, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua preferindo Malzebier, se ela continua preferindo suco, se ele continua sorrindo com aqueles olhinhos apertados, se ela continua dançando daquele jeitinho enlouquecedor, se ele continua cantando tão bem, se ela continua detestando o McDonald's, se ele continua amando, se ela continua a chorar até nas comédias.
Saudade é não saber mesmo! Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche. Saudade é não querer saber se ela está com outro, e ao mesmo tempo querer. É não saber se ele está feliz, e ao mesmo tempo perguntar a todos os amigos por isso... É não querer saber se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais saber de quem se ama, e ainda assim doer. Saudade é isso que senti enquanto estive escrevendo o que você, provavelmente, está sentindo agora depois que acabou de ler...


Eu gosto muito desse texto. Diz muita coisa que faz sentido, pra mim. Acho que é uma boa definição do sentimento. Vejam que o nome, saudade vem do latim (solitate), que significa saudar... Logo, saudade é uma forma de saudação... Isso não faz sentido, embora eu mesmo tenha dito...


Viram? Uma coisa que eu mesmo tentei dizer não fez sentido, pra mim! Mas essas linhas do Falabella dizem com uma exatidão quase que monumental.

Depois disso, acho que estou sem palavras... (Risos).

Querem saber, não tenho muita inspiração para isso agora... Só para ler e sentir, não para comentar!

Ósculos, amplexos e... Ah! Vocês sabem o resto! ; )

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Coincidências?

Eu não acredito nisso... Acho muito improvável que a coincidência seja mais do que o pretesto que as coisas têm para acontecerem na hora em que acontecem, simultâneas a tantas outras coisas...

Hoje eu quero dividir com vocês uma coisa que aconteceu comigo, minutos antes de eu tomar a iniciativa de vir postar. Não vou me prolongar com explicações, mas vou sorrir, porque queria compartilhar isso com alguém e não sabia quem, então, cá estou...

Bem... Não começou bem... Uma interrupção: ainda não acabou!

Mas vamos lá...

Eu estava no Orkut, e descobri que o Orkut está limirtando o numero de caracteres nas legendas das fotos... Daí tudo bem, eu estou acostumado com essas frustrações... Mas eu queria lembrar de todas as palavras que perdi...

Calhou que eu entrei numa foto da Soraya, quando me ocorreram palavras belas que eu tentei substituir na legenda, mas não coube e eu simplifiquei de vez pra ficar do jeito que coubesse... Mas isso é detalhe... O que me trás aqui agora, é que quando eu entrei na foto, não percebi o que o seletor aleatório d Media Player faria: entrou a música "Sinto Falta De Você", do Vitor e Leo... Mas eu não teria reparado nisso, não fosse o refrão que me chamou muito a atenção, porque "coincidiu", com o que eu estava pensando:

"Sinto falta de você
E a palavra que me cura
Ninguém vai dizer..."

E eu pensei em dividir isso com alguém, mas não tinha ninguém pra eu dividir isso... Daí que eu vim aqui... Mas não fosse isso suficiente, quando eu estava entrando no blogspot, o seletor aleatório soltou outra "pérola": "Love In The Afternoon" do Legião Urbana...

E com ela, vieram as frases:

"... Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade
Até a próxima vez...
...
E me lembro de você em dias assim
Um dia de chuva, um dia de sol
E o que sinto não sei dizer...
...
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre mais eu sei
Que você está bem agora..."

Tá... Essa música é triste e parece algo que se diga a alguém que morreu... Mas a letra, ao menos nas partes citadas, faz juz ao momento...

Pois que se dane! Eu só queria dividir isso com alguém... E já que não tenho ninguém para isso, resolvi dividir com todo o mundo cybernético!

Perdoem se fui rude, mas fui sincero...

Ósculos e amplexos... Retiro-me...

PS: Acho que estou carente de novo... Novidaaaade...¬¬
Mas estou feliz! ^^