quarta-feira, 22 de janeiro de 2020

Procura-se um amor

Não sou de escrever classificados, e até acho estranho idealizar uma pessoa, já que não sou de estabelecer paredões de certo e errado quando o assunto é comportamento humano

Mas eis que estive pensando sobre como seria um amor ideal. Seguem os requisitos.

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Que saiba cozinhar, mas só o faça quando estiver afim. De preferência, que goste de cozinhar junto. Temperos prontos estão vetados.

Que goste de arrumação, mas que dê preferência a não bagunçar. E que não se canse demais na tarefa. Arrumação é legal, não importante.

Que goste de séries. Não precisam  ser as mesmas que eu vejo, nem precisamos ver todas juntos. Mas de vez em quando é fundamental um contato físico durante uma maratona. Pelo menos um apoiado no outro.

Que goste de conversar sobre como foi o seu dia. Não precisa contar os mínimos detalhes, mas conte as frustrações e as alegrias pra que possamos nos conhecer melhor. E é preciso que aguente os meus "por que's". Eu tenho o mau hábito de perguntar bastante.

Que goste de surpresas e que também as faça. Eu sou aquele cara brega que espalha bilhetinhos de "Te amo!" Pela casa, em lugares até inusitados. Um dia você sente algo dentro do sapato e quando olha, PÁ! Tá lá...

Que fique arrepiada com beijo na nuca ou com sussurros, mas que goste disso. Tem pessoas que sentem agonia invés de prazer nesse tipo de coisa.

Que corra junto atrás dos sonhos. Que faça sacrifícios comigo ou que faça loucuras financeiras junto, assumindo, dividindo e usufruindo de tudo. Que me incentive e conte seus sonhos.

Que saiba brigar. Discutir é fundamental, mas perder a noção e o respeito durante uma discussão desgasta a relação e o gosto pela vida. É imprescindível que a pessoa não esqueça que ama só porque está com raiva. Essa coisa de não saber amar e sentir raiva ao mesmo tempo não é amor.

Deve amar os animais, mas não deve precisar de um. Ter um animal é uma responsabilidade muito grande. Eu prefiro cães a gatos, mas mesmo os gatos, independentes como são, provavelmente morreriam de fome se dependessem de mim. E não é todo dia que tenho paciência pra brincar com os cães.

Poder de observação é um diferencial. Perceber sem ser informado. Saber quando eu quero silêncio ou quando eu quero um abraço.

O beijo tem que encaixar. O sexo tem que ser bom. Mas nenhum dos dois deve ser prioridade. Contato físico é extremamente importante, tesão  precisa existir num relaxio a dois, porém se tudo o que move o relacionamento é o sexo, uma hora ele esfria.

Beleza é opcional. O que não é opcional é que eu me sinta bonito quando observado. Quero alguém que me faça sentir amado apenas com um olhar. Quero aquele olhar que me faz ruborizada e sonhar. Aquele olhar que lembra um céu estrelado.

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Quanta besteira, não? Parei por aqui... Embora talvez não esteja bem no fim do começo. Deixa pra lá... Quem é que lê essas coisas?

sábado, 18 de janeiro de 2020