quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Desculpe, se eu quero tanto assim te conhecer...
Epifania
Mas agora estou aqui, escrevendo linhas que não precisam ser escritas, porque quero que alguém tenha algo para ler, caso se interesse pelo que vim escrever... Mesmo porque sei de pessoas que não esperam mais que eu escreva, enquanto outras ainda que eu teria o atrevimento de citar pensam que o que eu (ainda) escrevo vale a pena de ser lido. Que coisas estranhas são essas que se passam na minha cabeça?
Vamos lá: Estou frustrado! Não quero entender o que não faz sentido... Só quero encontrar o sentido das coisas que podem ser entendidas! Eu sei que o gelo flutua na água por ser menos denso! E sei que o gelo é menos denso, apesar de ser mais frio que a água... Mesmo que a água seja menos densa, quanto mais quente! E sei que isso tudo foi criado para que eu pudesse manter o meu copo de refrigerante sempre gelado (e, diga-se de passagem, aguado. Mas esse é o pensamento dos insatisfeitos!).
Mas o que realmente me frustra, é que eu crio expectativas, sobre coisas que eu penso que entendo. E essas expectativas não são atendidas, provando assim, que eu entendo absolutamente nada. Queria entender o que preciso fazer para agradar e ser amado. E mesmo assim, entender por que, depois de ter feito tudo, ainda não sou "O" amado. Queria entender por que ele e ela foram feitos um para o outro, e não todos feitos para todos. Quero entender... Quero entender... Será que é pedir demais?
Mas as coisas mudam... O mundo muda... Gira e se transforma... As pessoas conhecem as posições globais... Já ouviram falar sobre meridianos, paralelos, latitudes e longitudes... E nunca pensam que essas coordenadas estão em inconstante movimento, cada segundo em direção e sentido diferente, já que giramos e rolamos no nada, em torno de uma pequeníssima estrela de quinta grandeza, nesse infinito universo, que tanta gente consegue acreditar que um dia surgiu do nada... Basta apenas saber que a distância entre os paralelos não muda. E saber que estarão lá. Não é necessário saber onde exatamente é lá.
Que importa? Eu continuo seguindo... Fazendo sempre as mesmas perguntas... Sabendo que as respostas continuam não sendo as mesmas, e sabendo que as pessoas só não querem pensar nas mudanças que ocorreram no mundo lá fora, enquanto pensavam que tudo continua exatamente como era há um segundo atrás. Pessoas tão incompletas... Vazias... E contentes.
Eu sou incompleto. E sou imperfeito. E sou vazio. Mas diferente delas, não me contento com isso. Quero saber mais. Sempre mais. E exatamente por isso é que eu não sou melhor que nenhuma delas... Nenhum de vocês.
Sinto falta... De cada pessoa longe. Seja física, seja figurativamente. Sinto falta... E sinto mais falta ainda, de não sentir... Pois no final das contas, sinto mais falta ainda da ausência de mim.
Um pouco mais de mim...
E era um menino, que não entendia nada... Mas que perguntava tudo. E ninguém conseguia explicar, pois ninguém achou que ele seria capaz de entender. E era um menino pequeno, mirrado e carente... E era... Era uma vez... ?
Depois, era um garoto. E quando era garoto, era. E não fazia mais perguntas, porque aprendeu a pesquisar. E era bom em observar e aprender por conta própria. Mas não era tão inteligente quanto as pessoas faziam parecer que era, com tanta lisonja... Mesmo que aquilo não fosse lisonja. E mesmo sem saber que era, era carente. ...
Um dia era jovem. Era jovem... Era jovem? Era como se não fosse... Era cheio de vida e experiência... Era como... Era. E era tal que não se importava se fosse. Era tanto, que nem sabia que era! Era cada vez mais! Era! E quem sabe? !
Mas um dia era homem... Será que era homem? Será que pensava que era homem? Então por que o que não entendia quando era menino, ainda era algo que não sabia? E por que, se era bom em pesquisar, não era observado por quem observava? E ainda parecia que era cheio de experiência? Mas era. E não é mais.
"Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo..."
quinta-feira, 8 de setembro de 2011
Românticos
Românticos
Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...
Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...
São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...
Romântico
É uma espécie em extinção!
Escolhi a versão "Rita Ribeiro" da música de Vander Lee, porque é a que ouço mais... Destaquei as palavras que já me definiram, mas que hoje em dia já quase não são eu. O motivo eu já nem sei... "Só sei que foi assim".
Crescer é triste, não é mesmo? Perder a fé que costumávamos ter quando eramos crianças... Esquecer que, embora pareça impossível, não há necessidade de preocupação. Esquecer, mesmo que só de vez em quando, que podemos contar com o melhor, deixando nas mãos de Deus, simplesmente. Embora continuemos tentando louvar, a esse mesmo Deus. Embora saibamos que certos acontecimentos são livramentos. Embora saibamos que a única frase deste paragrafo que realmente deveria ter sido escrita no plural é a última.
Pensando bem, o desvio no assunto foi oportuno: o cristão deveria ser romântico. Cada definição desta letra, com exceção é claro, de que "o outro é o paraíso", se encaixa no que eu penso que os cristãos deveriam ser. (Talvez também não deveriam andar pelos bares). Crer sem juízo, tal qual se ama.
Deixa pra lá... Estou numa fase de pensamentos... Filosofias... Reflexões... Introspecção... Vou ficar calado, por algum tempo... Embora parte de mim adoraria se abrir com alguém... Mas não vai.