sábado, 7 de janeiro de 2012

A varanda... ¹

Eis que o Sol se pôs... E o céu está estrelado... E em volta... Em volta não importa... Porque eis naquele lindo lugar, todas as estrelas... E as estrelas são olhos...

Mas não é só de estrelas que se fazem essas noites! Há o vento, também. E o vento está lá, como um sussurro... Um carinho... E são cabelos que, durante a noite, são intensos e escuros... E flamulam, com delicadeza...

E eu estou ali... E posso ver uma porta, na parede moldada em troncos encaixados... E a luz fraca que vem através dela, e que não pode ser de outra coisa, que não o fogo, seja de uma vela, seja de uma lareira. E estou vendo... Você!

Eis agora a minha conclusão: Olhar as estrelas, é quase tão belo como simplesmente olhar em seus olhos; Ouvir o vento, é sentir o seu sotaque, e senti-lo à pele, é desejar seu toque; Essa luz fraca que vem da porta, está ali somente pelo meu desejo de ver o seu rosto de perto. Não importa o que há do outro lado da varanda, ou o que está dentro da casa! Tudo o que importa é você. É por você que existe a varanda, e você é a varanda. Você é o meu lugar seguro, para falar o que precisa ser dito, sem censura. E você é a minha companhia, nesse lugar secreto, que não pode ser pisado por mais ninguém.

Ah! Antes que me esqueça, embora você já saiba o que vou dizer, pois é o que eu digo, sempre que me levanto para ir embora: Que bom que tivemos essa conversa! ^^

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