quinta-feira, 4 de março de 2010

Exultação e júbilo...

Título forte... Com palavras bonitas... Mas que nada tem de "exultante" ou "jubiloso". É apenas um título!

E existe a possibilidade de que nenhuma conexãotivesse com o que escreverei aqui agora.

Essa semana meu humor oscilou bastante. Matei saudades de velhos hábitos, comi chocolate, consegui reparar alguns equipamentos, no serviço, tive algum trabalho com outros, e em terceiros simplesmente não encontrei o trabalho que esperava ter... Mas fiquei entretido com tudo aquilo. E mesmo assim, meu humor não foi passado a diante nenhuma vez, durante toda a semana... Exceto, talvez, dois dias atrás, quando eu cheguei em casa e encontrei alguém perguntando a respeito.

Acho que essa semana foi um bocado pacífica (digo isso arriscando os dois dias que ainda faltam para terminá-la). Mesmo que eu tenha sido acordado algumas vezes durante a madrugada por motivos fúteis, tenha tido sonhos bastante estranhos que, a menos que eu esteja redondamente enganados, foram avisos de um futuro próximo (já tive esse tipo de sonho antes, e acordei com as mesmas sensações), apesar de eu não conseguir me lembrar direito do sonho em si.

Li em dois dias um livro, que deveria durar uma semanal. Nos dois dias seguintes, li outro livro, que deveria tomar uma segunda semana. Isso, é claro, considerando que eu não poderia ler no serviço, fora do horário de almoço. Mas acho que ter vindo andando para casa, tropeçando algumas vezes, ajudou a terminar a leitura tão rapidamente. O problema não é a sensação da pancada no ombro (que nem parece ter acertado o poste com tanta violência), mas que agora eu estou muito ansioso por uma continuação. Se eu comesse com a mesma fome que leio, teria explodido há muito tempo.

Ah! sim: Encontrei uma amiga, hoje. Nossa, ela realmente entrou em forma (acho que o marido dela não deixa ela comer! ;])! Ou ela pode ter tentado a mesma dieta que eu... Resolveria melhor pra ela, que nunca foi gorda como eu. Saudades dela e do tempo em que conversava com ela... Nunca era sobre coisas importantes, mas ela é uma boa amiga, e teria ouvido, se eu tivesse falado dessas tais "coisas importantes". Sem falar que ela me fez lembrar de um monte de outras amigas (em comum). Pensei nisso, com uma das partes do meu cérebro, no terreno que faltava para subir da Antônio Cardoso (um monte de gente pergunta por que eu venho pelo caminho mais íngreme), e conclui que sempre que encontro com alguém na rua, é uma amiga. Será que tenho tantas assim? E será que não tenho amigos, também? Não que isso faça realmente alguma diferença... Amizade não tem sexo!

De qualquer forma, outra parte do meu cérebro biônico (aliás, foi uma das vozes na minha cabeça que disse isso) ficou me dizendo que existe um outro sentimento que escolhe, sim, o sexo... E é o que eu ando precisando... Não que eu já não tenha o bastante desse tal sentimento, mas preciso encontrar um recipiente maior pra ele. Não dá pra eu continuar alimentando ele, e ver ele crescer, se ele não tiver espaço pra isso... (Será que ninguém aí conhece uma boa moça, entre seus dezoito e vinte anos, que goste de conversar, de carinho e de mim, com um espaço sobrando pra dividir a terra do meu vaso?) Eu acho que estou sendo exigente, não? Essa coisa de "gostar de mim", acho que não vou encontrar ao acaso em uma conhecida de algum amigo meu... (Risos).

E durante todo esse final de verão, começo de outono (que eu não tenho certeza se chegou), com dias encurtados por um terremoto no Chile que deslocou em oito centímetros o eixo da Terra, tomando alguns preciosos milésimos de segundo da nossa rotação... Meu relógio vai ficar adiantado, desse jeito... Enfim... Durante esses dias passados, eu olhava para as pessoas nas ruas, e pensava em como poderia ser óbvio que em qualquer lugar eu poderia encontrar alguém que realmente quisesse o mesmo que eu. E pensava cheguei a lamentar, algumas vezes, o fato de esse alguém não ser um "certo alguém", mas esse pensamento logo passava, pois não tem mais a mesma força que tinha quando eu realmente desejava isso com todas as forças. E aí eu lembrava de tanta gente me dizendo que eu tenho um bom "papo" e que tenho a "lábia dos grandes mestres", e do meu apelido no SENAI, durante o curso técnico ("O único pegador BV do mundo"), e me perguntando se lábia realmente vale alguma coisa...

Lembro que me disseram que meu problema é justamente o fato de eu me importar... De querer ir atrás. Mas acho que isso não faz sentido... Quando eu entrei no meu estado de "Porra-louquisse" (como me disseram que se chama quando a gente age feito criança por algo que não pode existir a força), em junho do ano passado, e escrevi coisas tão dolorosas, que até pouco tempo me doia ler, mas que agora é mais uma cicatriz... E é claro: não dá certo!

Me chamaram de maduro, essa semana. Disseram que eu supero fácil demais, algumas coisas... Isso não me faz sentir maduro... É só uma qualidade inerente aos fleumáticos! Além, é claro, de eu ter situações suficiente na vida, pra aprender a "superar" (mesmo que para mim, não sejam obstáculos pra serem superados). Todos vocês que me disseram isso, durante a semana, em situações diferentes, maus aê, mas eu sou phoda! Não sou maduro!

E aí, é claro, vem o fato de que tudo isso não perturbou minha alma nem uma vez. Mesmo nos momentos que eu ria como que com naturalidade, mesmo nos momentos em que eu socava com raiva uma parede ou um poste, mesmo nos momentos em que eu me calava, ou dizia as verdades que alguém gostaria de não ter ouvido, mesmo quando eu pude me arrepender, mesmo quando eu poderia me orgulhar, durante toda essa semana, a única coisa que não demonstrei, e que foi a única coisa que realmente pude sentir foi PAZ.

Mesmo quando eu estava excitado, e minhas asas começavam a se sacudir, elas não queriam me levar para cima, e sim abanar o calor. Mesmo quando eu recolhi minhas asas, eu não queria me proteger, e sim relaxá-las. Mesmo quando eu as sustentava abertas, não estava querendo mostrá-las a ninguém, mas sim alongando. E somente enquanto elas estavam discretamente quietas é que realmente mostravam: paz. Imperturbável. Inquebrável. Impenetrável, por toda uma semana. E isso é muito agradável.

O engraçado é que essa posição (de paz) é a única posição em que ela nunca se fecha. Mesmo assim, as pessoas não a notam, deferentemente de quando estão encolhidas, escondendo meu corpo de qualquer ataque que possa me ferir (... ainda mais, pois é a posição que tem representado minha tristeza).

...

Paz...

Um comentário:

Auryjane disse...

(Será que ninguém aí conhece uma boa moça, entre seus dezoito e vinte anos, que goste de conversar, de carinho e de mim, com um espaço sobrando pra dividir a terra do meu vaso?)
Se eu não tivesse 23 anos talves me habilitasse (rsrrs) Pq vc é uma pessoa linda e cheia de qualidades.
bjosssssss