terça-feira, 4 de novembro de 2008

Poesia demorada...

A poesia que segue foi escrita num período longo, como verão. As datas ao término são, respectivamente, início e término, embora ela tenha recebido algumas linhas no meio tempo...

Se mais circunlóquios, declamo

Algumas Vezes...


Algumas vezes, enquanto durmo,
Pergunto-me como foi que tomei esse rumo,
Como foi que me tornei, em sumo,
Apenas mais uma pessoa no mundo.

Algumas vezes antes de dormir,

Sonho com o dia em que tive de partir,
Acusando muita gente de sair,
Antes que eu me acostumasse a não os sentir...

Algumas vezes eu sonho com um mundo de rimas,

Onde as pessoas são apenas algumas,
Onde eu sei que tenho muitas alunas,
Que aprendem o que eu ensino em lacunas.

Sonho com o lugar,

Onde os rapazes sabem respeitar.
Onde todos fazemos questão de demonstrar,
Que fomos educados no “infanto-lar”.

Acordado, durante o dia,

Lamento pensar que não podia,
Mesmo que minha decisão não fosse tardia,
Tratar como pai aos que amei como filhos na vida.

Sou um amigo ciumento.

Sou tratado como se fosse um jumento.
Como se eu não tivesse sentimento.
Desencorajado a fazer algum movimento.
Jônathas Oliveira Ayres – 24/04 a 14/05/2008
Pergunto-me se ela diz exatamente o que fala... Devo confessar que não acredito que ela seja puramente o que diz, mas meu estado de espírito distorceu um pouco o seu primeiro significado...

Mesmo assim, acho que quem a ler vai saber como eu me sinto agora... Basta, para mim.

Sorridentes despedidas.

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