sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Estive pensando...

E acho que pensar (algumas vezes) é um erro!

Falando sério: quanto mais eu penso, maior a chance que eu tenho de pensar besteiras... E quanto maior a chance que eu tenho de pensar besteiras, maior a chance de eu iniciar uma crise de paranóia... E da mesma forma com a chance de eu entrar numa de "ninguém-me-ama-,-ninguém-me-quer"...

Mas acho que, de todos os pensamentos, os que são realmente e irrefutavelmente piores, são aqueles que, por algum motivo macrabro, fazem sentido!

Por que? ... "Porque Deus quer!"

Eu não tenho muito a dizer sobre... Não sei como cheguei a essa conclusão... E não sei o que isso quer dizer... Não sei se existe um por quê... Mas queria muito saber.

Eu estive pensando, e "constatei" (que está mais para "levantei a hipótese de") que algumas pessoas não gostam realmente de mim... Apenas sentem pena... E acabam agindo como se gostassem... E logo ví qu não faria sentido que fingissem tão bem... Afinal, eu sou "Jônathas Oliveira Ayres, o cara que prevê quando as pessoas porão o pé dentro de casa e faz o telefone tocar nesse exato momento!"... "O cara legal"... "Um amor de pessoa"... "Uma pessoa especial" (eu queria saber por quê é que essa última virou termo "políticamente correto" para deficiente mental)...

Mas isso tudo não vale nada, na verdade... É só um desabafo... Que deve se basear em que um cara que recebeu todos esses atributos não tenha encontrado alguém que fosse passivel de um amor verdadeiro e verdadeiramente correspondido... Mesmo que um relacionamento seja improvável nesse momento...

Também pensando, encontrei a perda que sofri em um sonho... E na constatação (essa sim constatação) que me trouxe, de que eu realmente estive perdendo aos poucos... E dessa vez o inusitado: fui eleito para o necrólogo! Que funsão mais sinesta!

É verdade que eu sempre quis o poder e a oportunidade de diminuir o sofrimento alheio... Mas como eu poderia aplacar a dor de uma mãe que perde sua filha? Veja: um filho sem pai é órfão; um marido sem mulher é viúvo; Mas uma mãe que perde um filho, é tão tenebroso e horrendo, que nem nome fomos capazes de dar! E olha que nós, brasileiros, inventamos até a Saudade, que não existe em nenhum outro idioma!

E continuei a pensar, chegando na frase "... Quem foi que deixou quem..." ... Me perdoem! (Principalmente você que disse isso, e que eu sei que vai ler isso, cedo ou tarde!) Mas isso não importa!

Num raro momento, eu estou colocando o Eu em primeiro lugar! E o que importa é que Eu estou sentindo muito por isso! Eu sinto o abandono! Eu sinto que estou à mercê da sorte! E o pior é não acreditar em sorte!

Eu sei que isso é um lampejo de mim... Que isso não estará na minha cabeça pela manhã... Ou, se estiver, não dura uma semana... Mas neste momento, agora, eu me sinto assim. E é o que basta para eu vir aqui vencilhar o presente ao passado. "Eternizando" em páginas digitais, o que o tempo há de tirar da memória de muitos. O que eu mesmo não vou viver para testemunhar o derradear.

Não sei se pensei o bastante para escrever tudo. Mas sei que pensei o bastante para escrever mais do que me dispuz a compartilhar aqui. E sei que devo dizer tudo, para não sobrar sombra dentro de mim que traga isso tudo de volta no futuro. Mas vou deixar que tais sombras permaneçam, para que a treva que reside em mim não se extingua e eu tenha um quarto escuro onde chorar.

Até breve, em um novo amanhecer, onde a felicidade será passado, presente ou não será.

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